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Pectus: peito escavado e peito carinado
“A deformidade conhecida como peito escavado, quando a parte central do tórax é afundada, é a alteração mais comum da parede torácica, acometendo um a cada 400 indivíduos. A deformidade conhecida como peito carinado, quando a parte central é saltada, é mais rara com prevalência de 1 a cada 2000 indivíduos. As colocações são do cirurgião torácico, doutor Rodrigo Bettega de Araújo (CRM/SC: 28.018 RQE: 18.811).
O profissional explica que “o peito escavado pode ser associado com sintomas como dores, falta de ar para exercício, palpitações (aceleração cardíaca) e baixa autoestima levando a transtornos de ansiedade e depressão. No caso do pectus carinado a baixa autoestima e falta de ar são os sintomas mais comuns”.
Araújo observa que “os pacientes portadores dessas condições devem ser avaliados pelo cirurgião torácico buscando a presença de alterações associadas (as mais comuns são as malformações cardíacas e alterações de coluna vertebral como a escoliose)”.
De acordo com o especialista “o tratamento varia em cada caso existindo opções não invasivas como atividade física, órteses (coletes) e cirurgia. O objetivo do tratamento é devolver ao tórax um formato mais natural e controlar os sintomas dos pacientes. Geralmente é iniciado a partir da infância e adolescência sendo a cirurgia indicada a partir dos 16 anos de idade”.
Dores no peito – o que pode ser quando não é o coração?
“Que a dor torácica preocupa com a possibilidade de coração a maior parte das pessoas já sabe, porém é comum que pacientes permaneçam sem diagnóstico com dores após descartada a possibilidade de dor cardíaca. Nesses casos, quais seriam as razões para o paciente sentir dor?”, questiona o profissional médico.
Segundo Araújo “além do coração, as outras principais causas de dor torácica envolvem doenças pulmonares e condições músculo-esqueléticas, dentre eles: o pneumotórax e a costocondrite e síndromes costo-esternais”.
Vamos aprender um pouco mais sobre elas? O especialista relata que “o pneumotórax acontece quando o pulmão apresenta alguma forma de vazamento, na maior parte das vezes devido a pequenas bolhas que estouram espontaneamente. O paciente inicia com uma dor em um dos lados do tórax que fica mais intensa com a tosse e o respirar profundo. A sensação da dor pode piorar progressivamente e em alguns casos podem sentir falta de ar.
O tratamento pode exigir internamento e observação e até cirurgia buscando drenar esse ar acumulado ao redor dos pulmões e fechar a área de vazamento. É importante que os pacientes sejam avaliados pelo cirurgião torácico pois o pneumotórax tem risco de retornar, sendo muitas vezes indicado tratamento especializado para diminuir esse risco”.
Já a costocondrite e síndromes costoesternais, explica Araújo “são dores localizadas na região da frente do peito geralmente nas costelas e entre as costelas. Essas dores pioram com a palpação e movimentos de membros superiores. Apesar de não serem intensas, essas dores são persistentes, muitas vezes durando semanas e levando o paciente várias vezes à emergência médica em busca de exames que possam explicar o que está acontecendo. O diagnóstico de costocondrite é realizado pela avaliação especializada e o acompanhamento com cirurgião torácico garante a exclusão de outras condições preocupantes e tratamento buscando a reabilitação completa que envolve medicação e exercícios”.
Conforme o profissional médico “o diagnóstico de uma dor torácica muitas vezes pode precisar de consulta com mais de um especialista e entre eles, o cirurgião torácico pode ajudar em muito na avaliação em busca da resposta e do melhor tratamento”.