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29 abr 22

“Atenção: dor nas costas pode ser reumatismo”

“A dor na coluna lombar (lombalgia ou dor nas costas) é um dos sintomas mais comuns que levam uma pessoa a procurar ajuda médica. Pode ter diversas causas: má postura, sedentarismo, obesidade, artrose, depois de algum esforço,  doenças renais, problemas ginecológicos entre outros”. As colocações são do médico especialista em reumatologia que atende no Censit, doutor Robson Luiz Dominoni (CRM/SC:16.204 – RQE: 8.073).

O profissional destaca que “entretanto, existe um grupo de doenças reumáticas que podem ter como sintoma inicial a dor lombar. São as espondiloartrites. As doenças mais conhecidas desse grupo são a espondilite ancilosante, artrite psoriásica, artrite reativa e artrite enteropática. Apesar de serem desconhecidas por grande parte das pessoas, essas doenças são relativamente comuns na prática médica diária”.

Dominoni explica que são consideradas doenças autoimunes, ou seja, “a imunidade está desregulada e acaba “atacando” estruturas do próprio corpo. Não se sabe exatamente a sua causa, mas entende-se que sua origem envolve a interação de alguns fatores genéticos com estímulos no meio ambiente, como a microbiota intestinal (bactérias boas que vivem no nosso intestino)”.

O especialista ressalta que “geralmente a dor lombar localiza-se na parte mais baixa da coluna, próxima aos glúteos. Caracteriza-se por ser persistente, muitas vezes durando mais de dois meses. É comum que seja mais intensa no período da manhã, quando a pessoa acorda, deixando a sensação de coluna travada ou rígida. Começa a melhorar pelo menos uma hora após da pessoa levantar da cama, mas não desaparece totalmente”.

Outra característica importante, observa Dominoni “é que essas doenças iniciam em pessoas jovens, muitas vezes até em adolescentes. Estatisticamente, os homens são um pouco mais afetados do que as mulheres”.

De acordo com o profissional “em alguns casos, após acometer a coluna lombar, a espondiloartrite pode se espalhar para outros órgãos ou sistemas do corpo humano. Pode causar artrite de pés, joelhos e tornozelos, tendinites nos membros inferiores, problemas na inserção dos tendões (entesites), lesões oculares (chamadas de uveíte), lesões de pele (psoríase) e inflamação dos intestinos (colite)”.

Dominoni afirma que “o diagnóstico é confirmado através da história que a pessoa conta ao médico, aliado ao exame físico na hora da consulta e somado ao resultado de alguns exames de sangue específicos e exames de imagem das áreas afetadas pela doença”.

Tratamento

De acordo com o especialista “o tratamento deve ser realizado por médico com experiência nessa área. No caso, o especialista mais indicado é o reumatologista.  Inicialmente são utilizados medicamentos anti-inflamatórios para alívio da dor e medicamentos imunossupressores para controle de outros sintomas, como a uveíte e a psoríase. Sempre está indicado algum tipo de fortalecimento da coluna: fisioterapia, pilates, natação, entre outros”.

Em muitos casos, observa Dominoni “esse tratamento inicial não é suficiente para controlar a doença. Quando isso ocorre, é necessário usar os chamados medicamentos imunobiológicos. Esse tipo de tratamento foi uma revolução na reumatologia, ajudando diversas pessoas que não haviam melhorado de sua condição. Os imunobiológicos devem ser indicados por médico com expertise no assunto e é necessário um acompanhamento regular em consultas. Com isso, de um modo geral, as pessoas ficam bem, levando uma vida normal”.

Entretanto, destaca o profissional “caso não sejam diagnosticadas e tratadas a tempo, as espondiloartrites podem deixar sequelas. Podem ocorrer lesões definitivas na coluna, causando dor crônica e perda de movimentos, a chamada coluna em bambu. Então, qualquer pessoa com dor lombar constante, por mais de dois meses, que pela manhã causa uma espécie de travamento, deve ser avaliada em consulta médica, pois a causa pode ser uma espondiloartrite”.

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