No Brasil, as mulheres formam a maioria: elas são 51,7% da população brasileira. Mesmo assim, a preocupação com certos temas referentes a elas ainda é recente. Mesmo com um cotidiano mais atribulado, dar atenção ao seu bem-estar e à qualidade de vida faz toda a diferença. Assim, é possível aumentar sua expectativa de vida e melhorar o seu dia a dia. Uma parte essencial para cuidar da saúde da mulher é conhecer o próprio corpo. Dar atenção para si, com um cuidado especial, faz toda a diferença para ter mais bem-estar e resultados melhores. Ficar de olho no organismo permite identificar sinais que devem receber a atenção de um médico — por menores que sejam. Se você controla sua menstruação e sabe que ela está atrasada de uma forma atípica, pode marcar uma consulta com o ginecologista para ver se está tudo bem.

“Uma doença que atinge as mulheres em larga escala são os miomas uterinos. Também chamados de leiomiomas ou fibromas, são tumores benignos que crescem no tecido muscular do útero. Ocorrem em mulheres entre 35 e 54 anos. Ocorreriam entre 20 – 40% das mulheres com mais de 35 anos. Importante ressaltar que são benignos desde que iniciam o seu crescimento, não ocorrendo nunca a malignização do tumor. Pelo seu caráter hormonal tenderiam a diminuir de volume, no momento em que a mulher entra na menopausa”. As colocações são do médico especialista em ginecologia, doutor Antonio Ildefonso Barcelos Lopes CRM/ SC 11.220, que atende no Censit.

De acordo com o profissional, os sintomas do mioma uterino são:

*menstruação excessiva, dita menorragia;

*pressão sobre a bexiga levando à incontinência urinária;

*pressão sobre o intestino, levando à constipação;

*dor pélvica por compressão dos órgãos adjacentes, sendo esta dor maior dependendo do volume do tumor;

*anemia maior ou menor dependendo da quantidade de sangue perdido, tanto na menstruação como fora dela;

*dor durante o ato sexual;

*abdômen aumentado, como se fora uma gravidez, a depender do volume uterino.

O especialista observa que existem vários tipos de mioma:

* mioma intramural: crescem dentro da parede uterina;

* mioma subseroso: crescem na parede uterina externa, não causando sangramento, mas dor pélvica;

* mioma submucoso: crescem abaixo do revestimento da cavidade uterina, causando sangramento excessivo;

* mioma pediculado: crescem pendurados em uma haste.

O profissional ressalta que a mulher pode ter todos os tipos de mioma no útero, com os sintomas dependendo da predominância de um tipo.

Sobre o tratamento, o médico observa que são usados:

* Hormônio feminino via oral ou injetável;

* DIU liberador de hormônios femininos;

* Ácido tranexâmico;

* Antinflamatórios;

* Vitaminas: ferro e vitamina B12;

* Embolização do mioma;

* Ablação endometrial;

* Miomectomia: só retira o mioma, preservando o útero

* Miomectomia por histeroscopia;

* Miomectomia por laparoscopia;

* Miomectomia abdominal, em que é feita uma cirurgia convencional;

* Histerectomia abdominal, em que é retirado o útero por abertura do abdômen, sendo retirado ou não o colo uterino e os anexos do útero, que são as trompas e ovários;

* Histerectomia vaginal, retirando-se o útero pela via vaginal, que pode ser feita dependendo do volume uterino.