“A respiração bucal é um hábito deletério que altera o crescimento craniofacial desencadeando má oclusões. As alterações dependem de diversos fatores, como: frequência, intensidade, duração e idade do paciente”. As colocações são do mestre e especialista em ortodontia e ortopedia facial, doutor Romeu Kowalski (CRO/SC: 5.930).

De acordo com o especialista “a respiração bucal é um distúrbio que tem sido um dos problemas mais acometidos na área da saúde infantil, envolvendo profissionais de diversas áreas: ortodontia, otorrinolaringologia, fonoaudiologia, fisioterapia e pediatria”.

Kowalski observa que a origem é multifatorial, podendo ocorrer devido a fatores hereditários, congênitos ou adquiridos. Algumas causas fazem com que as pessoas precisem respirar pela boca. As principais são: obstrução nasal por rinite alérgica, desvio de septo, amígdalas hipertróficas, sinusite, hipertrofia de adenóide.

Segundo o profissional “a duração prolongada pode ocasionar diversas alterações, como: mordida cruzada, mordida aberta anterior, face longa, protrusão da arcada superior e ou retrusão da arcada inferior, palato profundo, alterações de postura da cabeça proporcionando alterações no contexto fisiológico, estético e social”.

De acordo com Kowalski a má oclusão é um problema de saúde pública, muito frequente e que causa uma desarmonia estética e funcional dos dentes, podendo estar presente na dentição decídua (primeira dentição), bem como na dentição permanente. Causando alterações na mastigação, deglutição, respiração e na fala.

O profissional destaca que uma das alterações comuns em pacientes respiradores bucais é a mordida cruzada uni ou bilateral, realiza-se a correção com aparelho expansor, na arcada superior (céu da boca), que irá propiciar também a abertura das vias aéreas e passará a respirar melhor pelo nariz. “O tratamento precoce é o mais indicado, principalmente na infância, quando os ossos da face e arcada dentária estão em formação e crescimento”.